sexta-feira, 15 de agosto de 2008

VIDEOTECA ACADÊMICA

FILMES

MEU MESTRE MINHA VIDA

O TRIUNFO

DO LUTO À LUTA

A MISSÃO

AMISTAD

O CÉU DE OUTUBRO

VILLA LOBOS - Cinema Nacional
O QUE É ISSO COMPANHEIRO - Cinema Nacional
O CRIME DO PADRA AMARO - Cinema Nacional

O CAÇADOR DE PIPAS
EDUKATORS – “Os Educadores”
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
PRO DIA NASCER FELIZ – Doc.
BEHAVIORISMO
UMA ONDA NO AR
O POVO BRASILEIRO – Darcy Ribeiro – 2 CDs - Doc
JUNO
O NOME DA ROSA
GRAVIDEZ - SUPER INTERESSANTE COLEÇÕES
NARRADORES DE JAVÉ
EM NOME DE DEUS
PERSSÉPOLIS
O DIA QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS
ESCRITORES DA LIBERDADE
ENCONTRANDO FORRESTER
ABRIL DESPEDAÇADO
PIAGET & VYGOTSKY
WALLON
MENTES PERIGOSAS
AULAS DE PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
AULAS DE MATEMÁTICA PARA CONCURSOS

NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS

MENINAS

O CRIME DO PADRE AMARO

PRO DIA NASCER FELIZ

THE SICRET - "O Segredo"
QUEM SOMOS NÓS
CIDADE DE DEUS & CARANDIRU
HARRI POTTER (Toda a saga)
SR. DOS ANÉIS (Trilogia)
300
TAPETE VERMELHO
AS CARTAS DE XICO XAVIER & ZÉ ARIGÓ
PULP FICTION
O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS
TERAPIA DO AMOR
EFEITO BORBOLETA


TROPA DE ELITE
CONSTANTINE
FORMINHA Z
BOB ESPONJA – “O Filme” e “episódios”
TRILOGIA THE MATRIX
TRILOGIA TOM HANKS – “A espera de um milagre – Naufrago – Forest Gump
A COMÉDIA DA VIDA PRIVADA
BATMAN BEGINS



sitedorobon.spaces.live.com

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

ASSISTAM "WALLE"

Pessoal esse filme "infantil" é imperdível. Não dá para acreditar que foi feito pela Disney!!!

Ainda está nos cinemas.

Depois que assitirem. Postem seus comentários, pra eu ver se "viajei na maionese" ou se ele é bom mesmo!



bjs



Sandra Paiva

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Curso gratuito para contadores de histórias

Biblioteca abre inscrições para curso gratuito de contadores de histórias

Clássicos da literatura infantil, uso de estratégias diversificadas na contação e exercícios específicos de voz, serão alguns dos pontos abordados no programa do curso.

A Biblioteca Temática de Contos de Fadas Hans Christian Andersen abre, de 11 a 23 de agosto, as inscrições para a segunda edição do curso básico de formação para contadores de histórias. Coordenado pela contadora Kelly Orassi, também consultora de programação da biblioteca, o curso oferece 30 vagas e tem como objetivo apresentar o ofício aos interessados por meio de aulas teóricas e práticas. Serão utilizados os clássicos infantis dos irmãos Grimm, como Cinderela, Branca de Neve e Rapunzel, entre outros, e do próprio Hans Christian Andersen, autor de histórias como O patinho feio, O soldadinho de chumbo e A pequena sereia, como forma de abordar a questão da seleção de repertório e os critérios que devem ser levados em conta na hora de escolher uma história que será contada. Obras de autores contemporâneos como Ana Maria Machado e Ruth Rocha integram também o programa.Estratégias como a introdução da música na contação, o desenvolvimento da voz e o uso de objetos como elementos que vão além da narração serão alguns dos pontos levantados pelo programa que tem a narrativa em si como foco do aprendizado. As aulas acontecem no período de 6 de setembro a 13 de dezembro, sempre aos sábados, das 9h às 13h, com carga horária de 60 horas. Os interessados devem comparecer pessoalmente à biblioteca para efetuar a inscrição.
Serviço: Biblioteca Hans Christian Andersen. Av. Celso Garcia, 4142 - Tatuapé. Zona Leste. Fone: 2295.3447. Grátis.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pais e Mães (que são, que serão)...


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com osfilhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com crianças mais 'espertas', ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter,passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração defilhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito. À medida em que o permissivo substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles queconseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e 'tudo dar' a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menos prezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca.
Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade. É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Os limites abrigam o indivíduo, com amor ilimitado e profundo respeito.
"Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais ea primeira geração de pais que obedecem a seus filhos".
Material extraído do Grupo Cultura Infancia.

O Império do Consumo


Questões Ideológicas
Eduardo Galeano
Dom, 13 de julho de 2008 19:36

A explosão do consumo no mundo atual faz mais barulho do que todas as guerras e mais algazarra do que todos os carnavais. Como diz um velho provérbio turco, aquele que bebe a conta, fica bêbado em dobro. A gandaia aturde e anuvia o olhar; esta grande bebedeira universal parece não ter limites no tempo nem no espaço. Mas a cultura de consumo faz muito barulho, assim como o tambor, porque está vazia; e na hora da verdade, quando o estrondo cessa e acaba a festa, o bêbado acorda, sozinho, acompanhado pela sua sombra e pelos pratos quebrados que deve pagar. A expansão da demanda se choca com as fronteiras impostas pelo mesmo sistema que a gera. O sistema precisa de mercados cada vez mais abertos e mais amplos tanto quanto os pulmões precisam de ar e, ao mesmo tempo, requer que estejam no chão, como estão, os preços das matérias primas e da força de trabalho humana. O sistema fala em nome de todos, dirige a todos suas imperiosas ordens de consumo, entre todos espalha a febre compradora; mas não tem jeito: para quase todo o mundo esta aventura começa e termina na telinha da TV. A maioria, que contrai dívidas para ter coisas, termina tendo apenas dívidas para pagar suas dívidas que geram novas dívidas, e acaba consumindo fantasias que, às vezes, materializa cometendo delitos. O direito ao desperdício, privilégio de poucos, afirma ser a liberdade de todos.

Dize-me quanto consomes e te direi quanto vales. Esta civilização não deixa as flores dormirem, nem as galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores estão expostas à luz contínua, para fazer com que cresçam mais rapidamente. Nas fábricas de ovos, a noite também está proibida para as galinhas. E as pessoas estão condenadas à insônia, pela ansiedade de comprar e pela angústia de pagar. Este modo de vida não é muito bom para as pessoas, mas é muito bom para a indústria farmacêutica. Os EUA consomem metade dos calmantes, ansiolíticos e demais drogas químicas que são vendidas legalmente no mundo; e mais da metade das drogas proibidas que são vendidas ilegalmente, o que não é uma coisinha à-toa quando se leva em conta que os EUA contam com apenas cinco por cento da população mundial.

«Gente infeliz, essa que vive se comparando», lamenta uma mulher no bairro de Buceo, em Montevidéu. A dor de já não ser, que outrora cantava o tango, deu lugar à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. «Quando não tens nada, pensas que não vales nada», diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em Buenos Aires. E outro confirma, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís: «Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas, e vivem suando feito loucos para pagar as prestações».

Invisível violência do mercado: a diversidade é inimiga da rentabilidade, e a uniformidade é que manda. A produção em série, em escala gigantesca, impõe em todas partes suas pautas obrigatórias de consumo. Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais devastadora do que qualquer ditadura do partido único: impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que reproduz seres humanos como fotocópias do consumidor exemplar.

O consumidor exemplar é o homem quieto. Esta civilização, que confunde quantidade com qualidade, confunde gordura com boa alimentação. Segundo a revista científica The Lancet, na última década a «obesidade mórbida» aumentou quase 30% entre apopulação jovem dos países mais desenvolvidos. Entre as crianças norte-americanas, a obesidade aumentou 40% nos últimos dezesseis anos, segundo pesquisa recente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado. O país que inventou as comidas e bebidas light, os diet food e os alimentos fat free, tem a maior quantidade de gordos do mundo. O consumidor exemplar desce do carro só para trabalhar e para assistir televisão. Sentado na frente da telinha, passa quatro horas por dia devorando comida plástica.

Vence o lixo fantasiado de comida: essa indústria está conquistando os paladares do mundo e está demolindo as tradições da cozinha local. Os costumes do bom comer, que vêm de longe, contam, em alguns países, milhares de anos de refinamento e diversidade e constituem um patrimônio coletivo que, de algum modo, está nos fogões de todos e não apenas na mesa dos ricos. Essas tradições, esses sinais de identidade cultural, essas festas da vida, estão sendo esmagadas, de modo fulminante, pela imposição do saber químico e único: a globalização do hambúrguer, a ditadura do fast food. A plastificação da comida em escala mundial, obra do McDonald´s, do Burger King e de outras fábricas, viola com sucesso o direito à autodeterminação da cozinha: direito sagrado, porque na boca a alma tem uma das suas portas.

A Copa do Mundo de futebol de 1998 confirmou para nós, entre outras coisas, que o cartão MasterCard tonifica os músculos, que a Coca-Cola proporciona eterna juventude e que o cardápio do McDonald´s não pode faltar na barriga de um bom atleta. O imenso exército do McDonald´s dispara hambúrgueres nas bocas das crianças e dos adultos no planeta inteiro. O duplo arco dessa M serviu como estandarte, durante a recente conquista dos países do Leste Europeu.

As filas na frente do McDonald´s de Moscou, inaugurado em 1990 com bandas e fanfarras, simbolizaram a vitória do Ocidente com tanta eloqüência quanto a queda do Muro de Berlim. Um sinal dos tempos: essa empresa, que encarna as virtudes do mundo livre, nega aos seus empregados a liberdade de filiar-se a qualquer sindicato. O McDonald´s viola, assim, um direito legalmente consagrado nos muitos países onde opera. Em 1997, alguns trabalhadores, membros disso que a empresa chama de Macfamília, tentaram sindicalizar-se em um restaurante de Montreal, no Canadá: o restaurante fechou. Mas, em 98, outros empregados do McDonald´s, em uma pequena cidade próxima a Vancouver, conseguiram essa conquista, digna do Guinness.

As massas consumidoras recebem ordens em um idioma universal: a publicidade conseguiu aquilo que o esperanto quis e não pôde.

Qualquer um entende, em qualquer lugar, as mensagens que a televisão transmite. No último quarto de século, os gastos em propaganda dobraram no mundo todo. Graças a isso, as crianças pobres bebem cada vez mais Coca-Cola e cada vez menos leite e o tempo de lazer vai se tornando tempo de consumo obrigatório. Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisão, e a televisão está com a palavra. Comprado em prestações, esse animalzinho é uma prova da vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos.

Pobres e ricos conhecem, assim, as qualidades dos automóveis do último modelo, e pobres e ricos ficam sabendo das vantajosas taxas de juros que tal ou qual banco oferece. Os especialistas sabem transformar as mercadorias em mágicos conjuntos contra a solidão. As coisas possuem atributos humanos: acariciam, fazem companhia, compreendem, ajudam, o perfume te beija e o carro é o amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados.

Os buracos no peito são preenchidos enchendo-os de coisas, ou sonhando com fazer isso. E as coisas não só podem abraçar: elas também podem ser símbolos de ascensão social, salvo-condutos para atravessar as alfândegas da sociedade de classes, chaves que abrem as portas proibidas. Quanto mais exclusivas, melhor: as coisas escolhem você e salvam você do anonimato das multidões. A publicidade não informa sobre o produto que vende, ou faz isso muito raramente. Isso é o que menos importa. Sua função primordial consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias. Comprando este creme de barbear, você quer se transformar em quem?

O criminologista Anthony Platt observou que os delitos das ruas não são fruto somente da extrema pobreza. Também são fruto da ética individualista. A obsessão social pelo sucesso, diz Platt, incide decisivamente sobre a apropriação ilegal das coisas. Eu sempre ouvi dizer que o dinheiro não trás felicidade; mas qualquer pobre que assista televisão tem motivos de sobra para acreditar que o dinheiro trás algo tão parecido que a diferença é assunto para especialistas.

Segundo o historiador Eric Hobsbawm, o século XX marcou o fim de sete mil anos de vida humana centrada na agricultura, desde que apareceram os primeiros cultivos, no final do paleolítico. A população mundial torna-se urbana, os camponeses tornam-se cidadãos. Na América Latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos.

As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os esperadores olham a vida passar, e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

Enquanto o século XIV nascia, o padre Giordano da Rivalto pronunciou, em Florença, um elogio das cidades. Disse que as cidades cresciam «porque as pessoas sentem gosto em juntar-se». Juntar-se, encontrar-se. Mas, quem encontra com quem? A esperança encontra-se com a realidade? O desejo, encontra-se com o mundo? E as pessoas, encontram-se com as pessoas?Se as relações humanas foram reduzidas a relações entre coisas, quanta gente encontra-se com as coisas?

O mundo inteiro tende a transformar-se em uma grande tela de televisão, na qual as coisas se olham mas não se tocam. As mercadorias em oferta invadem e privatizam os espaços públicos.

Os terminais de ônibus e as estações de trens, que até pouco tempo atrás eram espaços de encontro entre pessoas, estão se transformando, agora, em espaços de exibição comercial. O shopping center, o centro comercial, vitrine de todas as vitrines, impõe sua presença esmagadora. As multidões concorrem, em peregrinação, a esse templo maior das missas do consumo. A maioria dos devotos contempla, em êxtase, as coisas que seus bolsos não podem pagar, enquanto a minoria compradora é submetida ao bombardeio da oferta incessante e extenuante. A multidão, que sobe e desce pelas escadas mecânicas, viaja pelo mundo: os manequins vestem como em Milão ou Paris e as máquinas soam como em Chicago; e para ver e ouvir não é preciso pagar passagem. Os turistas vindos das cidades do interior, ou das cidades que ainda não mereceram estas benesses da felicidade moderna, posam para a foto, aos pés das marcas internacionais mais famosas, tal e como antes posavam aos pés da estátua do prócer na praça.

Beatriz Solano observou que os habitantes dos bairros suburbanos vão ao center, ao shopping center, como antes iam até o centro. O tradicional passeio do fim-de-semana até o centro da cidade tende a ser substituído pela excursão até esses centros urbanos. De banho tomado, arrumados e penteados, vestidos com suas melhores galas, os visitantes vêm para uma festa à qual não foram convidados, mas podem olhar tudo. Famílias inteiras empreendem a viagem na cápsula espacial que percorre o universo do consumo, onde a estética do mercado desenhou uma paisagem alucinante de modelos, marcas e etiquetas.

A cultura do consumo, cultura do efêmero, condena tudo à descartabilidade midiática. Tudo muda no ritmo vertiginoso da moda, colocada à serviço da necessidade de vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por outras coisas de vida fugaz. Hoje, quando o único que permanece é a insegurança, as mercadorias, fabricadas para não durar, são tão voláteis quanto o capital que as financia e o trabalho que as gera. O dinheiro voa na velocidade da luz: ontem estava lá, hoje está aqui, amanhã quem sabe onde, e todo trabalhador é um desempregado em potencial.

Paradoxalmente, os shoppings centers, reinos da fugacidade, oferecem a mais bem-sucedida ilusão de segurança. Eles resistem fora do tempo, sem idade e sem raiz, sem noite e sem dia e sem memória, e existem fora do espaço, além das turbulências da perigosa realidade do mundo.

Os donos do mundo usam o mundo como se fosse descartável: uma mercadoria de vida efêmera, que se esgota assim como se esgotam, pouco depois de nascer, as imagens disparadas pela metralhadora da televisão e as modas e os ídolos que a publicidade lança, sem pausa, no mercado. Mas, para qual outro mundo vamos nos mudar? Estamos todos obrigados a acreditar na historinha de que Deus vendeu o planeta para umas poucas empresas porque, estando de mau humor, decidiu privatizar o universo? A sociedade de consumo é uma armadilha para pegar bobos.

Aqueles que comandam o jogo fazem de conta que não sabem disso, mas qualquer um que tenha olhos na cara pode ver que a grande maioria das pessoas consome pouco, pouquinho e nada, necessariamente, para garantir a existência da pouca natureza que nos resta. A injustiça social não é um erro por corrigir, nem um defeito por superar: é uma necessidade essencial. Não existe natureza capaz de alimentar um shopping center do tamanho do planeta.

Tradução: Verso Tradutores
Fonte: Agência Carta Maior
A REVISTA PALCO é uma e-public sem fins lucrativos da Cia. Paulista de Artes e tem por finalidade a divulgação e a promoção das manifestações artísticas e culturais, em especial ao TEATRO e a MÚSICA. Toda comunicação com nossa redação se fará pelo

Museu da Língua Portuguesa de São Paulo - Extra!! Extra!!

Museu da Língua Portuguesa abre mostra sobre Machado de Assis, no ano do centenário da sua morte, o Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, homenageia o autor em seu espaço para mostras temporárias. A exposição é em grande parte baseada no livro Memórias póstumas de Brás Cubas, e imerge o visitante em ambientes criados de forma a se aproximar aos citados por Machado de Assis em seus livros. A exposição fica aberta até o dia 26 de outubro.

Bienal do Livro em São Paulo.

Bienal do Livro de São Paulo homenageia três países, comemora os 200 anos da indústria do livro no Brasil, homenageando para isso Portugal e a vinda da família real portuguesa para o país. Além dessa homenagem, serão feitos também tributos ao Japão, país que comemora o centenário de imigração para o Brasil e à Espanha, pela realização do Congresso Ibero-Americano de Editores em São Paulo. A bienal ocorre do dia 14 a 24 de agosto e conta com 900 selos editoriais em sua lista.

Oportunidade a quem interessar possa...

Bom dia,

Sou professora do Colégio Beka, e venho divulgar uma vaga para recreacionista, a ser contratada com urgência. O candidato deve ter o curso de Pedagogia concluído ou em andamento.

Colégio Beka - São Paulo - Freguesia do Ó

Interessados podem telefonar para 3975-0527 para mais informações.

Abraços,
mariana

Coisas que aprendi com você!


Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira, e, imediatamente, tive vontade de fazer outros para você.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e aprendi que é legal tratar bem os animais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito e aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.
Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em quem eu posso sempre confiar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer comida e levar para uma amiga que estava doente, e aprendi que todos nós temos que ajudar a tomar conta uns dos outros.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você me dando um beijo de boa noite e me senti uma pessoa amada e segura.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e aprendi que eu tinha que ser responsável quando crescesse.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você se desculpar com uma amiga, embora tivesse razão, e aprendi que às vezes vale a pena abrir mão de um ponto de vista para preservar a amizade e o bem-estar nos relacionamentos.
Quando você pensava que eu não estava olhando eu vi lágrimas nos seus olhos, e aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você cuidando do vovô com carinho e atenção, e aprendi que devemos tratar bem e respeitar aqueles que nos cuidaram na infância.
Quando você pensava que eu não estava olhando, foi que aprendi a maior parte das lições que precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando crescesse.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria lhe dizer: "obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!" Pense nisso! Esta é uma mensagem portadora de grandes motivos de reflexão para todos os educadores que desejam atingir seus nobres objetivos no campo da educação. É uma mensagem importante porque nos faz pensar que nossos educandos estão nos olhando e memorizando mais o que fazemos do que o que dizemos. Nossos gestos e nossas ações produzem lições mais efetivas dos que muitas palavras vazias, jogadas ao vento. Pense nisso! E lembre-se sempre: alguém está observando e aprendendo algo com você, em todos os momentos.

Magé, cidade próspera no caminho da realeza... hoje sobrevive em agonia!

Uma das mais antigas igrejas do país, ainda luta por sua dignidade. Pela sua cruz dourada e sua bandeira da paz é identificada ao longe pelos visitantes desta cidade histórica que sobrevive por suas histórias. Ao lado do cais que lhe deu vida, brota uma fonte de água doce, diz-se que foi o Padre Anchieta que ao bater seu cajado ao solo 3 vezes revelou o milagre nesta terra de Magé as margens da Baía de Guanabara. Iniciando um ciclo de prosperidade e derrota, testemunho do descaso na preservação de nossa memória.





Magé - quer dizer feiticeiro em Tupi


Esta resistente sala de aula, fica ao lado da sacristia da igreja principal da pequena cidade de Magé no Rio de Janeiro, as margens das águas da Baía de Guanabara, fundada em 1750, por onde já circulou uma das maiores riquezas deste país. Nos anos de 1983 e 1984, esta cidade enfrentou os maiores horrores já vistos, tendo sido decretada ordem de degolo, marinha e governo se enfrentaram em batalha. A cidade que recebia em seus braços e berços, os grandes nomes da nossa história, moradia de Duque de Caxias, descanço da nobresa quando em caminhada para descanço na Serra de Petrópolis, afastou seus nobres e matou seus pobres, retalhando-os e marcando-os para sempre. Atualmente esta cidade próspera de outrora, mingua suas migalhas dos passantes e curiosos pela história, e nesta sala de aula mantida pela paróquia, aprende-se os primeiros esboços do saber. Como se produz tamanha miséria? Como se mantém tamanho descaso pelo sujeito e pelo seu mundo?

Cada um com seu projeto... mas com alguma coisa em comum!!!


Nosso contador de histórias! É nosso e de tantos outros também! Legal Chicão!!!

Eu vi uma barata...


Para quem gostou da nossa apresentação das parlendas... vai uma lembrancinha!
Abraços carinhosos
Titina